sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Olympe photo!!


OLYMPE!!

Tivemos a indicação de que o Olympe seria um dos melhores restaurantes da cidade do RJ e lá fomos... O chef Claude Troisgros é aclamadíssimo e é pop pq tem um programa na GNT.

Não fiz reserva por se tratar de uma 4ª feira chuvosa e logo na chegada, quase não tinha mesa disponível!!! O lugar devia ser bom mesmo.

Sentamos em uma mesa ao lado de outra vazia, mas já com as entradas servidas. Estariam as pessoas no banheiro? Por falar nisso, fui ao banheiro lavar as mãos (adoro visitar o banheiro dos lugares, mesmo q não tenha nada de fato a fazer lá... e o banheiro era SUPER simples – todo branco, um vaso, uma pia. Zero de detalhe, nem um vaso de flor). Enfim... Logo depois chega um homem todo vestido de preto, óculos fundo de garrafa e meio desengonçado e senta-se sozinho. Olhou bastante para nossa mesa e acintosamente ouvia nossa conversa. Aquilo me irritou um pouco. Queria curtir meu 1º dia de férias!!!! Hunpf. Eu sentei de frente para a cozinha, que tinha um janelão de vidro, onde a gente via a “dança” e a agonia peculiares ao lugar. Vários cozinheiros(as) agitados para dar conta do lugar cheio. Eu procurava o Claude, para ver o maestro daquele lugar e – nada. Pensei logo q ele só devia estar ali aos finais de semana.

5 minutos depois, como num passe de páginas quem aparece??? O Claude!! E dirige-se a quem??? Ao homem de preto ao nosso lado!! Dá um caloroso abraço e senta-se com ele – ou seja, colado em nós!! E ficou a noite toda. Agora, vem a parte mais interessante... PREPAREM-SE, pq as férias começaram quentes!!! Rsrsrsrsrsrs

Escolhemos um vinho francês com a ajuda do Sommelier, o Amilton, muito gentil e prestativo. Vinho nota 7,8. Na mesa ao lado o homem de preto (q falava inglês com o Claude) pediu “caipiwrhinhas”. Rsrsrsrs.

Fomos comendo as entradas (Nota 7,0 – a essa altura com um vinho nota 7,8 a entradas nota 7,0 eu já me preocupava com o programa, mas a presença do Claude ao lado me distraía bastante).

Pedimos o prato principal. 2 carnes – filé e entrecote. Não quisemos arriscar os peixes, apesar das indicações do maitre. Os pratos chagaram – lindíssimos!! Uma obra de arte... E o homem de preto, q sempre olhava para o lado, meio q querendo puxar prosa não agüentou e soltou em francês “Está bem?” (eu não sei escrever francês e nem vou arriscar aqui...) – mas eu entendi e respondi: “Bien, tres bien” – e disse a ele em inglês (pq ele e o Claude estavam falando em inglês) q ele era sortudo, pq essa era a única coisa q eu entendia em francês... Ele morreu de rir – e o Claude também. Começamos então os quanto a conversar – apesar de eu tb estava louca para ir adiante com meu prato – finalmente um 9,5 na noite!!! Maravilhosa a carne... Maravilhosa mesmo. No final do post eu vou tentar finalizar de modo objetivo as notas, os pratos etc.


O MELHOR DA NOITE!!!!


A conversa engatou, Robert (o homem de preto) é nova iorquino, empresário de artistas e ia ali para tentar fazer um contrato de trabalho com o Claude, de quem já amigo há algum tempo. Quer levar aos US os sabores da Amazônia. E com misturas propostas pelo Claude. Muito interessante.

Perguntei ao Claude o que significava o “Troisgros” – se era 3 grande?? Fiz minha cara de boba, irresistível... E ele riu, dizendo: “Isso mesmo... 3 grande. É uma longa história, q eu nunca contei a ninguém... Vcs teriam interesse em ouvir??” Todos nós 3 (incluindo Robert) dissemos: Claro, claro!! (Ávidos pela novidade). O pai do Claude foi estudar a origem do nome e os “3 grandes” surgiram na região de Borgonha, na França, há muito tempo atrás, na idade média, época da guerra entre franceses e muçulmanos. A França meio acuada, chamou 3 irmãos, conhecidos por sua bravura e tamanho de meter medo. Quem?? Os “3 grandes”!!! Foram lá e ganharam a guerra, tendo se tornado muito famosos depois disso. E o nome persistiu como nome de família. Desde 1930, entretanto, ingressou no circuito gastronômico com gerações e gerações de grandes chefs. E pra finalizar o Claude ainda confessou q há uns 2 meses procurou um terapêuta de vidas passadas e q se viu todo ensanguentado, com facas nas mãos, participando de uma guerra. Eu disse logo: “Será q vc foi um dos “3 grandes” – e ele respondeu meio sério, meio rindo – “Acho q sim”. Daí eu e minhas piadinhas: “Ainda bem q hj em dia usa as facas com outros fins, hein???”. Todos gargalharam...

Pra terminar, sessão fotos - é claro – no saguão, na cozinha – pena q eu não havia levado a máquina, só o celular. O restaurante parou com a gente pra cima e pra baixo.

Mas quem aguenta mesmo o charme da bahia???


p.s1: A conversa durou a noite toda, mas eu um dia conto a vcs em detalhes acompanhada por um vinho francês, ok?? Rsrsrsrs

p.s2: Ele mandou sobremesas sortidas para nós degustarmos!!! De brinde!!! Best friends!!


Onde: Restaurante Olympe – Rio de Janeiro

Nota do restaurante: 9,0

Nota da noite: 10,0 (Honra PLUS)

Quanto: VERY EXPENSIVE $$$ (mas vale e muito a pena)

Site: http://www.claudetroisgros.com.br/olympe.htm

Onde saber mais: GNT (programa regular) e ele nos disse q gravou um programa para passar no canal Brasil em dezembro – Larica Total (rsrsrsrsrs – detalhes hilários conto depois)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Eu também quero ir!!!

UMA IMAGEM FALA MAIS DO QUE MIL PALAVRAS...

FÉRIAS!!!!


Estou entrando em merecidas férias nesse exato momento.
Em breve vou postar coisas maravilhosas pra vcs. Das descobertas de novos mundos...
Aguardem.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Caso Uniban


Acabo de saber do ocorrido, pq tenho o hábito (mal? bom?) de quase não ver notícias. Mas leio (quase sempre atrasada) a coluna de Contardo Calligaris às 5a feiras na Folha. Pois, acabo de saber do caso e na página da UOL agora diz que "Após repercussão negativa, Uniban recua e decide não expulsar aluna".
Logo abaixo vou postar os comentários do Contardo.
Eu me assutei com o que ele descreve, mas lembrei dos meus tempos de faculdade, quando um professor muito respeitado colocou um colega meu pra fora da sala pq ele usava bermuda até o joelho. E no verão da Bahia, em uma sala de Universidade Pública, isso talvez fosse um absurdo. Nunca mais me atrevi a pensar em ir à faculdade usando algo diferente de calça. E depois de um tempo (mesmo morrendo de calor às vezes), isso me pareceu o certo a fazer.
Eu me pergunto - nós somos mesmo livres para vestir o que queremos em qualquer lugar??? É aceitável q as pessoas se vistam de qq jeito para ir à escola, ao trabalho, visitar um parente no Hospital??? Polemicamente eu acho que não. Não vi fotos do traje da moça, não sei qual a sua intenção, se a sala era quente ou fria... Mas acho q escola, trabalho, locais formais merecem o mínimo de atenção. Em locais de lazer, cada um se vista ou faça como quiser...
Mas é claro q não acho suficiente para incitar outros (no mesmo ambiente "pseudo" formal) a achar q se pode estuprar a colega, nem à faculdade a achar isso um motivo de expulsá-la. Acho q Contardo tem razão em achar q cabe uma ação judicial... Mas percebo que TUDO nessa história parece uma total fuga de realidade. Ou... Seria a nossa possível realidade essa mesmo???

By the way -> Turba = Multidão Desordenada (eu nã sabia...)

Boa semana!!

Ade


CONTARDO CALLIGARIS

A turba da Uniban

As turbas têm um ponto em comum: detestam a ideia de que a mulher tenha desejo próprio


NA SEMANA passada, em São Bernardo, uma estudante de primeiro ano do curso noturno de turismo da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo) foi para a faculdade pronta para encontrar seu namorado depois das aulas: estava de minivestido rosa, saltos altos, maquiagem -uniforme de balada.
O resultado foi que 700 alunos da Uniban saíram das salas de aula e se aglomeraram numa turba: xingaram, tocaram, fotografaram e filmaram a moça. Com seus celulares ligados na mão, como tochas levantadas, eles pareciam uma ralé do século 16 querendo tocar fogo numa perigosa bruxa.
A história acabou com a jovem estudante trancada na sala de sua turma, com a multidão pressionando, por porta e janelas, pedindo explicitamente que ela fosse entregue para ser estuprada. Alguns colegas, funcionários e professores conseguiram proteger a moça até a chegada da PM, que a tirou da escola sob escolta, mas não pôde evitar que sua saída fosse acompanhada pelo coro dos boçais escandindo: "Pu-ta, pu-ta, pu-ta".
Entre esses boçais, houve aqueles que explicaram o acontecido como um "justo" protesto contra a "inadequação" da roupa da colega. Difícil levá-los a sério, visto que uma boa metade deles saiu das salas de aula com seu chapéu cravado na cabeça.
Então, o que aconteceu? Para responder, demos uma volta pelos estádios de futebol ou pelas salas de estar das famílias na hora da transmissão de um jogo. Pois bem, nos estádios ou nas salas, todos (maiores ou menores) vocalizam sua opinião dos jogadores e da torcida do time adversário (assim como do árbitro, claro, sempre "vendido") de duas maneiras fundamentais: "veados" e "filhos da puta".
Esses insultos são invariavelmente escolhidos por serem, na opinião de ambas as torcidas, os que mais podem ferir os adversários. E o método da escolha é simples: a gente sempre acha que o pior insulto é o que mais nos ofenderia. Ou seja, "veados" e "filhos da puta" são os insultos que todos lançam porque são os que ninguém quer ouvir.
Cuidado: "veado", nesse caso, não significa genericamente homossexual. Tanto assim que os ditos "veados", por exemplo, são encorajados vivamente a pegar no sexo de quem os insulta ou a ficar de quatro para que possam ser "usados" por seus ofensores. "Veado", nesse insulto, está mais para "bichinha", "mulherzinha" ou, simplesmente, "mulher".
Quanto a "filho da puta", é óbvio que ninguém acredita que todas as mães da torcida adversa sejam profissionais do sexo. "Puta", nesse caso (assim como no coro da Uniban), significa mulher licenciosa, mulher que poderia (pasme!) gostar de sexo.
Os membros das torcidas e os 700 da Uniban descobrem assim um terreno comum: é o ódio do feminino -não das mulheres como gênero, mas do feminino, ou seja, da ideia de que as mulheres tenham ou possam ter um desejo próprio.
O estupro é, para essas turbas, o grande remédio: punitivo e corretivo. Como assim? Simples: uma mulher se aventura a desejar? Ela tem a impudência de "querer"? Pois vamos lhe lembrar que sexo, para ela, deve permanecer um sofrimento imposto, uma violência sofrida -nunca uma iniciativa ou um prazer.
A violência e o desprezo aplicados coletivamente pelo grupo só servem para esconder a insuficiência de cada um, se ele tivesse que responder ao desejo e às expectativas de uma parceira, em vez de lhe impor uma transa forçada.
Espero que o Ministério Público persiga os membros da turba da Uniban que incitaram ao estupro. Espero que a jovem estudante encontre um advogado que a ajude a exigir da própria Uniban (incapaz de garantir a segurança de seus alunos) todos os danos morais aos quais ela tem direito. E espero que, com isso, a Uniban se interrogue com urgência sobre como agir contra a ignorância e a vulnerabilidade aos piores efeitos grupais de 700 de seus estudantes. Uma sugestão, só para começar: que tal uma sessão de "Zorba, o Grego", com redação obrigatória no fim?
Agora, devo umas desculpas a todas as mulheres que militam ou militaram no feminismo. Ainda recentemente, pensei (e disse, numa entrevista) que, ao meu ver, o feminismo tinha chegado ao fim de sua tarefa histórica. Em particular, eu acreditava que, depois de 40 anos de luta feminista, ao menos um objetivo tivesse sido atingido: o reconhecimento pelos homens de que as mulheres (também) desejam. Pois é, os fatos provam que eu estava errado.

domingo, 8 de novembro de 2009

Pensamentos Sortidos


Há tempos venho pensando em criar um Blog, que possa ser um meio de dividir e expressar minhas percepções do mundo no dia-a-dia, com coisas simples, viagens, lugares, fotos, filmes, pensamentos, leituras, músicas.
Tentei o Twitter, mas ele é "too short". Desisti.
Bem-vindos!!

Ade

p.s: Quando escolhi o nome para o Blog, lembrei das Balas Soft... Vcs lembram delas?? Coloridinhas, gostosas e leves, escorregadias e que nos faziam engasgar... A ideia é justamente essa!! Bons engasgos!!